Escrito por Carlos Henrique Rosalino BaságliaBacharel em Comunicação Social e Mestrando em Ciências da Comunicação pela Universidade Metodista de São Paulo. RetiradodoSite :http://www.comtexto.com.br/convicomcomunicaCarlosBasagliaculturafutebol.htm, Os clubes de futebol constituem-se no maior motivo de orgulho para a maioria das pessoas que têm o prazer de dizer que torcem por este ou por aquele clube. Há um investimento muito forte por parte dos torcedores em relação aos seus respectivos clubes, por isso mesmo, que a mudança de opção clubística é extremamente rara, e em certos casos, pode-se formar torcedores fiéis por três ou até quatro gerações. Essas organizações desportivas criam uma identificação com certas parcelas da população e passam a representá-las, sendo rotulados e caracterizados, seja como clubes locais, de elite, de massa, ou ligados a colônias de imigrantes, estabelecendo assim um certo grau de parentesco com os seus torcedores.
Cada clube tem uma cara, um estilo inconfundível, uma identidade própria. As diferenças culturais entre os clubes brasileiros possibilitam que eles sejam únicos, com valores, normas e peculiaridades que são intrínsecas à sua história. Não obstante, essas diferenças culturais são ainda maiores em se tratando de clubes de países diferentes, cujos valores são, na maioria das vezes, muito antagônicos. Nesse sentido, há muito mais diferenças entre um clube do interior do Pernambuco e do sudeste africano que entre qualquer clube da Alemanha, por exemplo.
É fundamental para os clubes de futebol saber respeitar as diferenças culturais das entidades e, principalmente, saber entender e aceitar os valores que estão arraigados e que fazem parte da cultura de cada uma dessas organizações. Mas, infelizmente, no futebol brasileiro, assim como na sociedade brasileira, somos provocados a reproduzir valores e copiar certas características culturais que são próprias de outros países. Copiar pra quê, afinal os clubes do futebol brasileiro nunca terão uma mesma cultura. Mesmo quando os clubes forem de estrutura parecida, estes ainda possuirão certos valores que estariam muito arraigados a uma determinada cultura organizacional. Não é porque os clubes do exterior são bem sucedidos, respeitados por sua organização, valorizados no mercado e famosos possuírem uma administração mais voltada para os negócios que os clubes brasileiros devem copiá-los afinal, cada molde tem a sua forma.
Cada clube têm uma cultura muito peculiar e que, acima de tudo, deve ser respeitada. Essa onda de futebol profissional, clube-empresa, é tudo muito lindo e muito legal se feito de forma a respeitar a cultura de cada clube nas suas especificidades. Este processo de transformação dos clubes brasileiros em clubes-empresa só é viável e legítimo, na medida que as pessoas envolvidas neste processo de transformação entenderem a real necessidade de se profissionalizar os clubes de futebol sem passar por cima de certos valores culturais que já pertencem ao imaginário e a vida de seus torcedores.
Os atletas das escolinhas de base, por exemplo, que participam desde cedo da vida do clube (que, na maioria das vezes, é o seu clube de coração), geralmente têm mais amor à camisa e, por conseqüência, ascendência em relação ao grupo, que outros jogadores que são contratados pelos clubes para suprir uma carência, seja técnica ou tática da equipe. Mas isso é justificável, pois estes estão participando desde cedo da cultura do clube, incultando valores e aprendendo a valorizar certos aspectos que são intrínsecos àquela organização desportiva.
Os jogadores que participam ativamente das atividades dos clubes desde a tenra idade têm uma afinidade muito maior com estas e, freqüentemente não têm o mesmo rendimento quando vão para outros clubes, especialmente quando a mudança não é só de clube, mas também de país, onde os valores, as normas e a cultura são outras. Por isso, é fundamental que os atletas tomem consciência desde cedo da história do clube no qual está inseridos.
Os valores culturais clubísticos são tão fortes e duradouros que conseguem perdurar mesmo à revelia dos próprios clubes de futebol. O compartilhamento da identidade clubística é tão importante para a manutenção da cultura organizacional que muitos atletas chegam a estabelecer verdadeiros "grupos de amigos" que reúnem-se constantemente em eventos organizados por ex-atletas para relembrar bons momentos e doces ilusões de um tempo em que lutavam por um mesmo objetivo à frente de um clube comum.
É chegado o momento dos clubes brasileiros entenderem que a cultura organizacional, quando bem administrada, pode ser um diferencial para otimização dos clubes de futebol. Seria fundamental para o futebol brasileiro que os clubes treinassem e reciclassem o seu quadro de funcionários, neste caso atletas e membros da comissão técnica, para que os recém chegados pudessem assimilar a cultura do clube para o qual sendo contratados, pois só assim estes poderão ter o orgulho e a satisfação do trabalho diário.
A assimilação da cultura organizacional por parte dos atletas pode render bons frutos aos clubes de futebol num curto espaço de tempo. Quando contratados, atletas e membros da comissão técnica deveriam ser estimulados a conhecer a história de fundação do clube, suas tradições e costumes e, principalmente, sua cultura organizacional. O fato de estarem familiarizados com a cultura do clube pelo qual estão atuando, possibilita o estabelecimento de um sentimento de pertencimento àquela organização que refletirá no seu rendimento dentro de campo. Nesse sentido, muitos clubes de futebol não obtém melhores resultados e mais lucratividade na venda de atletas com potencial por não darem a devida importância à sua cultura organizacional. E é bom eles abrirem o olho. Num futuro bem próximo, aqueles clubes que não derem o devido à sua própria cultura, e não privilegiarem a formação de atletas nas suas categorias de base, terão vida curta. E, uma vez no fundo do poço, do poço nunca sairá. Olho vivo!!!
Cada clube tem uma cara, um estilo inconfundível, uma identidade própria. As diferenças culturais entre os clubes brasileiros possibilitam que eles sejam únicos, com valores, normas e peculiaridades que são intrínsecas à sua história. Não obstante, essas diferenças culturais são ainda maiores em se tratando de clubes de países diferentes, cujos valores são, na maioria das vezes, muito antagônicos. Nesse sentido, há muito mais diferenças entre um clube do interior do Pernambuco e do sudeste africano que entre qualquer clube da Alemanha, por exemplo.
É fundamental para os clubes de futebol saber respeitar as diferenças culturais das entidades e, principalmente, saber entender e aceitar os valores que estão arraigados e que fazem parte da cultura de cada uma dessas organizações. Mas, infelizmente, no futebol brasileiro, assim como na sociedade brasileira, somos provocados a reproduzir valores e copiar certas características culturais que são próprias de outros países. Copiar pra quê, afinal os clubes do futebol brasileiro nunca terão uma mesma cultura. Mesmo quando os clubes forem de estrutura parecida, estes ainda possuirão certos valores que estariam muito arraigados a uma determinada cultura organizacional. Não é porque os clubes do exterior são bem sucedidos, respeitados por sua organização, valorizados no mercado e famosos possuírem uma administração mais voltada para os negócios que os clubes brasileiros devem copiá-los afinal, cada molde tem a sua forma.
Cada clube têm uma cultura muito peculiar e que, acima de tudo, deve ser respeitada. Essa onda de futebol profissional, clube-empresa, é tudo muito lindo e muito legal se feito de forma a respeitar a cultura de cada clube nas suas especificidades. Este processo de transformação dos clubes brasileiros em clubes-empresa só é viável e legítimo, na medida que as pessoas envolvidas neste processo de transformação entenderem a real necessidade de se profissionalizar os clubes de futebol sem passar por cima de certos valores culturais que já pertencem ao imaginário e a vida de seus torcedores.
Os atletas das escolinhas de base, por exemplo, que participam desde cedo da vida do clube (que, na maioria das vezes, é o seu clube de coração), geralmente têm mais amor à camisa e, por conseqüência, ascendência em relação ao grupo, que outros jogadores que são contratados pelos clubes para suprir uma carência, seja técnica ou tática da equipe. Mas isso é justificável, pois estes estão participando desde cedo da cultura do clube, incultando valores e aprendendo a valorizar certos aspectos que são intrínsecos àquela organização desportiva.
Os jogadores que participam ativamente das atividades dos clubes desde a tenra idade têm uma afinidade muito maior com estas e, freqüentemente não têm o mesmo rendimento quando vão para outros clubes, especialmente quando a mudança não é só de clube, mas também de país, onde os valores, as normas e a cultura são outras. Por isso, é fundamental que os atletas tomem consciência desde cedo da história do clube no qual está inseridos.
Os valores culturais clubísticos são tão fortes e duradouros que conseguem perdurar mesmo à revelia dos próprios clubes de futebol. O compartilhamento da identidade clubística é tão importante para a manutenção da cultura organizacional que muitos atletas chegam a estabelecer verdadeiros "grupos de amigos" que reúnem-se constantemente em eventos organizados por ex-atletas para relembrar bons momentos e doces ilusões de um tempo em que lutavam por um mesmo objetivo à frente de um clube comum.
É chegado o momento dos clubes brasileiros entenderem que a cultura organizacional, quando bem administrada, pode ser um diferencial para otimização dos clubes de futebol. Seria fundamental para o futebol brasileiro que os clubes treinassem e reciclassem o seu quadro de funcionários, neste caso atletas e membros da comissão técnica, para que os recém chegados pudessem assimilar a cultura do clube para o qual sendo contratados, pois só assim estes poderão ter o orgulho e a satisfação do trabalho diário.
A assimilação da cultura organizacional por parte dos atletas pode render bons frutos aos clubes de futebol num curto espaço de tempo. Quando contratados, atletas e membros da comissão técnica deveriam ser estimulados a conhecer a história de fundação do clube, suas tradições e costumes e, principalmente, sua cultura organizacional. O fato de estarem familiarizados com a cultura do clube pelo qual estão atuando, possibilita o estabelecimento de um sentimento de pertencimento àquela organização que refletirá no seu rendimento dentro de campo. Nesse sentido, muitos clubes de futebol não obtém melhores resultados e mais lucratividade na venda de atletas com potencial por não darem a devida importância à sua cultura organizacional. E é bom eles abrirem o olho. Num futuro bem próximo, aqueles clubes que não derem o devido à sua própria cultura, e não privilegiarem a formação de atletas nas suas categorias de base, terão vida curta. E, uma vez no fundo do poço, do poço nunca sairá. Olho vivo!!!